terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando bate a carência ,,


Quando ela chega, não dá para ignorar. Vem com vontade e requisita toda a atenção. Não tem hora marcada, dia apropriado, nem faz distinção: solteira ou casada, magra ou gorda, alta ou baixa, rica ou pobre. Simplesmente aparece sem ser convidada. E o pior: exige tratamento VIP, com direito a compras desnecessárias, bebidas e chocolates. O nome da visita? Carência. Um sentimento que traz uma sensação intensa de vazio. Como lidar com ela?

Medo da solidão

"Este sentimento está relacionado ao medo da solidão. Muitas pessoas precisam do outro para estarem bem", diz a psicóloga Karen Camargo, que afirma ser normal passar por momentos de fragilidade na vida tanto na infância, quando a criança necessita dos cuidados da mãe, como também na fase adulta. O fato é que não podemos precisar do outro com tanta freqüência. "É impossível que alguém preencha nossa carência 100% do tempo. É necessário que se aprenda a lidar com a vida de uma maneira solitária. Nascemos e morreremos sós", observa.

A psicóloga destaca que, apesar de necessário, aprender a não depender emocionalmente dos outros é dolorido. "A cultura, de certa forma, nos solicita estarmos com alguém. A mulher que não se casa ou namora depois dos 30, por exemplo, fica pra 'titia' na visão da sociedade. É uma cobrança muito grande", diz Karen.


“É ruim admitir que precisamos do outro para

ser feliz ou que temos medo da solidão. Pode ser,

para alguns, sinônimo de fraqueza”

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